Córrego Danta – Resgatados trabalhadores que prestavam serviços em condições degradantes.
Uma força tarefa do M Ministério Público do Trabalho (MPT) em uma carvoaria localizada na Fazenda Fetais, em Córrego Danta, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, resgatou 5 trabalhadores em condições análogas às de escravo.
As vitimas venham da cidade Quartel General (MG), com idade entre 30 e 40 anos. Os trabalhadores estavam sem alimentação, à única água disponível era de poço, barrenta, e dormiam em barracas de lona, expostos a todo tipo de animais peçonhentos.
O procurador Mateus de Oliveira Biondi, que já foi participante da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conaete) do MPT, relatou que um contrato de parceria foi firmado com os trabalhadores na tentativa de desconfigurar a relação de emprego. Os trabalhadores exerciam carga exaustiva de 10 horas, com pagamento condicionado ao valor de R$ 500,00 por carregamento realizado, mas, a, mais de um mês estava sem receber devido as fortes chuvas na região.
Para esta operação ocorreu em 8 de Janeiro de 2019 e contou com a participação de quatro auditores-fiscais do Trabalho e um motorista, além de dois policiais rodoviários federais.
Na operação também foi resgatadas uma criança de 5 anos, que embora não estivesse trabalhando, vivia no alojamento com os avós. Todos foram levamos para uma pensão na cidade de Bambuí, no Centro-Oeste do estado.
A operação no Córrego Danta continuou até 10 de Janeiro, onde o procurador do trabalho buscou o fechamento de acordos com os empregadores para que de forma espontânea reconheçam o vínculo empregatício e procedam ao pagamento de todas as verbas trabalhistas ao qual os trabalhares tem direito. O procurador Mateus Biondi. Disse ainda “Os trabalhadores terão direito ao seguro-desemprego e, caso não haja acordo com relação às verbas, deverá haver o ajuizamento de ação judicial”.
Em 28 de Janeiro temos o Dia Nacional de Combate ao Trabalho escravo. Este dia faz memória a equipe de auditores, que foram mortos durante fiscalização que apurava denúncia de trabalho escravo numa fazenda em Unaí, no Alto Paranaíba. Essa foi à primeira força tarefa do ano.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) atualizou e divulgou a lista suja do trabalho escravo, que agora conta com 204 empregadores. Essa iniciativa busca dar maior visibilidade ao documento, que também pode ser acessado na página inicial do site do MPT.
Site: http://portal.mpt.mp.br
Fonte Ministério Público do Trabalho – Procuradoria Geral.