Você chega na farmácia precisando comprar um remédio supercaro. Aí o caixa diz que você pode conseguir um bom desconto informando o CPF. Tentador, certo? Mas você precisa saber que está trocando seus dados por vantagens, e eles são mais valiosos do que você imagina para empresas, hackers e golpistas.
A LGPD estabelece que é preciso o consentimento do titular do dado para que ele seja usado para determinado fim. Ou seja, se a empresa pediu o seu dado, disse que iria compartilhá-lo para tal fim e você concedeu, em tese ela pode lucrar em cima deles.
Existem duas maneiras de obter lucros: vendendo-os para outras empresas como no caso da Serasa, ou oferecendo um serviço com base neles. A empresa Único, por exemplo, informa a seus parceiros se uma pessoa que está tentando comprar algo ou adquirir um serviço. Para isso, usa um banco de dados biométricos com reconhecimento facial.
Existem dois eixos de coleta: offline e online. Offline: pedir o CPF no caixa da farmácia, tirar uma foto com câmera de segurança de quem entra numa loja, pegar o telefone para cadastro, por exemplo. Online: cookies armazenam todas nossas pegadas digitais quando navegamos por sites da internet, traçando um perfil de comportamento, quanto tempo dura a visita no site, que produtos pesquisou, o que colocou no carrinho de compras.
Por isso, todo cuidado é pouco, as empresas que lidam com dados pessoais precisam se armar. Se a companhia for vítima de um vazamento de dados, é ela quem será responsável, de acordo com a LGPD a mesma recebe desde uma advertência a até uma multa de 2% sobre o seu faturamento. Dependendo do caso, a atividade pode ser suspensa pela Justiça.
Fonte: AF FIGUEIREDO
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